sábado, 14 de abril de 2012

Bertalanffy, TGS - Resenha - Capítulos 1 e 2.

UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais
Campus de Frutal-MG.




Curso: Sistemas de Informação, 1.º período, noturno.
Disciplina: Teoria Geral dos Sistemas.
Docente: Prof. Dr. Geraldo Nunes Corrêa.
Discente: Raniere Antônio Gonçalves.
Trabalho: Resenha dos capítulos 1 e 2 do livro Teoria Geral dos Sistemas, de Ludwig von Bertalanffy.
Data: 12/03/2.012.



“... a única maneira inteligível de estudar uma organização
é estudá-la como sistema”.



Tendo como pano de fundo uma sociedade onde “as realizações da física são usadas para uma destruição cada vez mais eficiente, onde há fome em vastas partes do mundo, enquanto as colheitas apodrecem ou são destruídas em outras partes, em que a guerra e a indiscriminada aniquilação da vida, da cultura e dos meios de manutenção humanos são o único meio de sairmos da fecundidade incontrolada e da consequente superpopulação” o autor nos propõe nos capítulos objeto do presente texto uma integração das várias ciências naturais e sociais centralizando-se numa nova disciplina, a Teoria Geral dos Sistemas, que seria uma “ciência geral da totalidade”

Tal proposição se inicia com uma concepção “organística” da biologia postulada pelo autor na década de 1.920 donde sua ideia é ampliada com a verificação de que, embora a ciência moderna se encontre dividida em inumeráveis disciplinas e subdisciplinas, é possível identificar similaridades entre problemas, concepções e mesmo a existência de leis aplicáveis simultaneamente nessa pluralidade de campos.

A constatação advinda de sua pesquisa na biologia de que “É necessário estudar não somente partes e processos isoladamente, mas também resolver os decisivos problemas encontrados na organização e na ordem que os unifica, resultante da interação dinâmica das partes, tornando o comportamento das partes diferente quando estudado isoladamente e quando tratado no todo” possibilitou a descoberta de que o mundo apresenta uniformidades estruturais, que se manifestam através de ordens similaridades em diferentes níveis e domínios. Possibilitou, também, verificar que a “organização” é encontrada em todos os níveis.

A partir daí o autor desenvolve uma Teoria Geral dos Sistemas, ressaltando a importância da procura de conceitos básicos e de princípios fundamentais válidos para todo o corpo do conhecimento. A criação de uma tecnologia sociológica que busque o conhecimento das leis da sociedade humana.

Depois de fazer uma síntese histórica alicerçada por citações a textos seus e de outros autores, passando pela indicação dos rumos que sua teoria segue, com enfoques subseccionados ressaltando a facilitação de sua aplicação com o advento da computação, suas inter-relações e interações com as ciências sociais, com a história, psicologia, psiquiatria, etc., e sua investigação através das teorias dos compartimentos, dos gráficos, dos conjuntos, das redes, da cibernética, da informação, dos jogos, da decisão, da fila, etc., o autor advoga que sua teoria, de caráter organizacional, seria um instrumento útil, capaz de fornecer modelos a serem usados nos diferentes campos e transferidos de uns para outros.

Por fim conclui o autor que embora controlemos bem as forças físicas, um pouco as forças biológicas, não temos nenhum controle ou conhecimento das forças sociais. E deixa transparecer que sua criação (a Teoria Geral dos Sistemas) poderia ser uma ferramenta valiosa para minimizar as mazelas e iniquidades do mundo. Mas não deixa de expressar, também, sua preocupação de que essa ferramenta poderia ser usada para controlar e subjugar seres humanos numa referência explicita ao 1.984 de Orwell e ao Admirável Mundo Novo de Huxley: “A sociedade é baseada nas realizações dos indivíduos e estará condenada se o indivíduo for transformado numa roda dentada da máquina social”.




Raniere Antônio Gonçalves
Mat. 10-13000

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